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Man's Best Friend: A ousadia que não se traduziu em novos hits

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    CTRL POP
  • 5 de set.
  • 3 min de leitura

Por Sophia Garcia

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Antes mesmo do lançamento de “Man’s Best Friend”, o álbum já criava polêmica com a capa, que incendiou as discussões online. Depois de alcançar o topo com “Short and Sweet”, a pergunta que ficou no ar era: será que Sabrina Carpenter cumpriria as expectativas ousadas que ela mesma estabeleceu?


A ascensão de Sabrina na indústria musical, impulsionada por hits como “Espresso” e “Please Please Please”, a transformou em um nome incontornável no pop. Com um histórico de sucesso e uma nova capa provocadora, a expectativa para seu sétimo álbum de estúdio, lançado em 29 de agosto de 2025, era alta. “Man’s Best Friend” chegou com onze faixas, incluindo o hit “Manchild”. Nele, Sabrina aprofunda a estética sarcástica e a atitude crítica em relação aos homens — os matando em clipes e debochando de ex-namorados — já presentes no álbum anterior.



Sobre as críticas, Sabrina respondeu em uma entrevista ao veículo CBS Morning no dia 27 de agosto:

"Minha interpretação se baseia em estar no controle, na falta de controle e em desejar estar no controle. Como uma mulher jovem, você só está ciente de que está no controle quando sabe que não está. E eu acho que algumas dessas vezes são escolhas."

Sabrina solicitou que os fãs ouvissem o álbum na ordem correta, pois ele se propõe a ser uma narrativa coesa sobre os principais estágios de um relacionamento, e pode ser comparado a vida pessoal da cantora. A jornada acompanha a paixão inicial, os desentendimentos, a raiva do término e, finalmente, os flertes com novos interesses amorosos. Essa progressão lírica ganha força com a sonoridade do álbum, que mescla influências country, baladas retrô — com referências a ABBA e Dolly Parton — e o uso de sintetizadores.



Apesar da produção impecável, a expectativa gerada pela artista pode não ter sido totalmente correspondida. Embora a cantora amadureça seu estilo musical em faixas como “Tears” e “When Did You Get Hot?”, as melodias não se mostram tão cativantes quanto as de sucessos anteriores como “Espresso” ou “Please Please Please”, e a repetição de temas sonoros torna a experiência um pouco cansativa.


As letras de Sabrina Carpenter exploram temas e histórias diferentes, porém o álbum acaba ficando repetitivo na parte musical. Isso acontece porque a cantora aposta muito no som de country e pop retrô, fazendo com que as melodias se pareçam demais umas com as outras. Essa escolha musical acaba ofuscando a variedade das mensagens nas letras. Assim, as músicas, em vez de se destacarem individualmente, acabam se misturando na cabeça de quem ouve, o que pode tirar um pouco do brilho de cada faixa.


Na mesma entrevista para a CBS Morning, a cantora comentou sobre o significado do projeto: "

Para mim, esse álbum inteiro é sobre a humanidade de permitir que você mesma cometa esses erros, sabendo quando você se coloca em situações que vão acabar mal, mas que vão te ensinar algo. Tem diferentes significados…”

É uma obra que prova que a cantora é capaz de evoluir e manter sua identidade, mas deixa um certo gostinho de poderia ter sido mais. Essa sensação é especialmente forte para aqueles que, após o sucesso estrondoso do álbum anterior, esperavam que cada faixa se tornasse um novo “hit”. Músicas como “Go go Juice”, com mais de 14 mil publicações com o áudio, e “When Did You Get Hot?”, que virou “trend”, viralizaram no TikTok. Mas, apesar disso, a verdade é que o álbum carece de um “single” com destaque real, e acaba pecando pela repetição de melodias.


No final, “Man’s Best Friend” se consolida como uma versão mais madura de Sabrina Carpenter. O álbum não apenas segue o legado country de “Short and Sweet”, mas também continua a destemida exploração da sexualidade feminina e empoderamento.


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